CO-CRIANDO ESCOLAS EM PARCERIA (Parte 4)
- Walkyria Machado
- Dec 25, 2012
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Criando o ambiente para o desenvolvimento de parcerias
Trabalhando com Bloqueios
Conclusão
Para concluir pode‐se afirmar que:
– Escolas são organizações de cunho espiritual criadas por seres humanos e, como tal crescem em fases. Relações pais‐escola ou professores‐ escola diferem para cada uma dessas fases. De forma que quanto mais maduro e saudável a escola, mais provavelmente esta apresenta as condições para a formação de relações de longa duração entre a escola, pais e professores.
– Da mesma forma que para a sociedade, nos referimos ao trimebração social, o qual reflete a organização humana. Os relacionamentos dentro das organizações são trimembrados. Enquanto ao nível organizacional, os indivíduos buscam satisfazer as suas necessidades de subsistência material, existência social, e auto‐desenvolvimento, as instituições buscam organizar sua vida em três áreas: econômica, social, e espiritual/pedagógica.
– No nível individual, na tentativa de atender a essas necessidades, os seres humanos carregam impulsos não‐sociais que levam à ganância, egoísmo e intolerância. Estes impulsos não‐sociais só podem ser contrabalançados pelos impulsos sociais de colaboração, tolerância, confiança e reciprocidade. Superá‐los requer agir de acordo com os processos sociais, utilizando a estrutura trimembrada da escola como pano de fundo para a construção das relações de pais, professores e da escola a nível institucional. Em outras palavras, é preciso formar as relações sociais com a compreensão dos princípios que regem a vida pedagógica, a vida de trabalho e a vida social da escola.
– Além da tarefa de educar os estudantes, agrega‐se a tarefa de um crescente auto‐desenvolvimento e auto‐aprendizagem de professores, pais e pessoal administrativo. Neste sentido, a educação de adultos pode ser sustentada pela transformação dos processos vitais na alma, que podem, através da interação social e desenvolvimento artístico transformar e sustentar o pleno desenvolvimento organizacional.
– Assim como o ensino é uma atividade artística, a vida social nas escolas é eminentemente um processo criativo. Quando adequadamente desenvolvidas, as comunidades escolares se tornam o meio para o auto‐ desenvolvimento e cura social. Ao estruturar as escolas, torna‐se essencial atender aos impulsos para aprender, desenvolver e melhorar de pais e professores. Trata‐se, portanto de evitar a imposição de ideias uns nos outros, criando‐se as condições para o desenvolvimento humano de cada indivíduo da comunidade.
– Nesse sentido, o desenvolvimento de parceria em escolas só é bem sucedido se os pais, professores e escolas são livres para escolher tornarem‐ se parceiros.
Walkyria Machado, diretora de administração da escola Waldorf do Brooklyn – NY

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